30.11.13

Pinheiro 2013














A tradição só vale para quem a cumpre. E respeita.
Contar que a noite mais longa de Guimarães é aquela em que milhares de pessoas seguem um pinheiro puxado por juntas de bois, ao som de caixas e bombos, imunes a temperaturas negativas e chuva, não despertará grande interesse no visitante ou ao amigo italiano. Se o convidarmos sob esse pretexto o mais certo é deixar-se estar.
Há, por isso que confiar. E viver o Pinheiro. Uma vez nicolino, nicolino para sempre.
Se definisse o Pinheiro numa palavra diria "liberdade". Porque é isso mesmo. É ser livre. O Pinheiro é de bebés. No ventre, pela mão, transportados nos carrinhos. É de idosos, teimosos, carregados com caixas em atropelos jovens e viris. É dos vimaranenses com limitações físicas.
No Pinheiro começam e acabam relações. Bebe-se até cair pela primeira vez. Caminha-se (livre) ao longo da estrada, à frente ou atrás. Tocam-se caixas e bombos, com mais ou menos mestria. Sujam-se peles com sangue. Rebentam-se peles.
É tradição. E liberdade.

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